Mamão Ruby
O agricultor Geraldo Ferreguetti trabalha com produção de mamão. Há mais de 20 anos é engenheiro agrônomo de terras em Linhares, no norte do Espírito Santo. Ao todo, são mais de 30 hectares plantados principalmente com a variedade sainungui, uma das cultivadas no país. Mas a semente é importada da Tailândia, na Ásia.
Agora, ele investiu numa nova variedade da fruta que foi desenvolvida pelo Incaper, Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado. Os pés da nova variedade, batizada de mamão ruby ainda estão pequenos. São 20 mil mudas que devem começar a dar um retorno financeiro em sete meses.
“A produtividade do ruby está na faixa dos híbridos, em torno de 120 a 130 toneladas. Você tem uma redução do custo de compra da semente e é um material desenvolvido aqui no Espírito Santo”, explicou Ferreguetti.
O mamão ruby é a terceira variedade dentro do grupo formosa. Apresenta uma colocarão mais forte na parte interna. A pele é clara e lisa e tem o sabor doce acentuado.
Na fazenda experimental do Incaper, no Espírito Santo já é possível ver o mamão ruby grande. É a décima geração desde o início da pesquisa, há 12 anos.
“Tem despertado interesse dos agricultores não só pela produtividade do fruto, mas também pela possibilidade de reutilização dessa semente em novos plantios até por três vezes. Se considerar o preço de mercado da semente das cultivares híbridas e considerar a possibilidade de o próprio agricultor produzir a semente, é bastante significativo”, explicou o agrônomo Laércio Cattaneo.
O agricultor Aroldo Cunha, de Linhares, está otimista com as vantagens da nova variedade. Há 15 dias, cultivo dez mil pés de mamão ruby. “Quanto mais novidade no mercado de qualidade de fruta, é melhor pra gente”, concluiu.
A semente do mamão ruby também foi testada em outros cinco municípios de várias regiões do Brasil e se adaptou bem a outras condições climáticas.
Fonte: globo.com