Iogurtes gelados conquistam o mercado

Cremosos e gostosos, os iogurtes gelados caíram nas graças dos consumidores brasileiros, de norte a sul do país. Mas é preciso atenção redobrada antes de apostar nesse mercado que não para de crescer

 

Bastaram três anos para que os iogurtes gelados, que já eram moda nos Estados Unidos, virassem uma febre de alcance nacional. São quase 20 marcas, que somam cerca de 140 lojas espalhadas por quase todos os estados brasileiros — e, a se tomar pela lista de endereços já negociados que serão inaugurados até 2011, esse número logo deve dobrar. Alguns fatores estão por trás do sucesso repentino. Refrescante, sem conservantes e bem magrinho — livre de gorduras, cada porção tem 90 calorias (sem contar as coberturas), — o frozen yogurt parece talhado para um país tropical. Não é à toa que as filas não diminuem. Desde que a pioneira Yogoberry abriu sua primeira loja no Rio de Janeiro, em 2007, não param de surgir novos pontos de venda desta e de outras marcas, dando a impressão de que se trata de um mercado ainda longe de atingir seu ápice. Será? Para a consultora Claudia Bittencourt, diretora do Grupo Bittencourt, de São Paulo, ainda há espaço para mais. “O Brasil tem muito a desenvolver em termos de produtos gelados”, diz.

Investir em um ramo de negócios tão concorrido, porém, requer cautela extra, segundo o consultor de marketing do Sebrae-SP Wlamir Bello. “Novos segmentos costumam repetir a mesma curva de evolução. Devido à grande aceitação, verifica-se uma expansão enorme nos primeiros tempos. Depois vem o período de estabilidade, quando já não se consegue mais aumentar as vendas. Por fim, chega o momento da retração, com redução do número de franquias e clientes”, afirma. Um bom exemplo dessa curva, ele cita, foi o que aconteceu com as franquias de serviços de sapateiro e alfaiate dos anos 90 para cá. Para Bello, as redes de frozen yogurt têm acertado ao fincar bandeira em pontos privilegiados, geralmente shoppings e ruas de grande movimento. Mas pecam ao adotar fórmulas tão similares, o que inclui o mix de produtos, o visual das lojas e os próprios nomes — já reparou como são parecidos? “O cliente acha que é tudo a mesma coisa. Não há fidelidade.”

 

Source: G1