Apicultores terão incentivo para competir no mercado internacional

Com o objetivo de inserir o mel brasileiro no mercado internacional, apicultores e meliponicultores ganharão incentivos para participar de feiras e rodadas de negócios no exterior. O benefício, anunciado durante a ApiExpo 2010, que acontece em Natal, RN, até esta quinta-feira (14/10), é parte da campanha “Meu Dia Pede Mel”, lançada em maio pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

O encontro, cujo tema principal é “O Meio Ambiente e a Apicultura no Agronegócio”, é considerado um dos mais significativos eventos internacionais de apicultura, reunindo delegações de mais de 12 países. “Nossa meta é levar os produtores brasileiros para Argentina, França, Ucrânia e países árabes”, explica José Gumercindo Cunha, presidente da Confederação Brasileira de Apicultura (CBA).

Nos últimos oito anos, a apicultura do Rio Grande do Norte experimentou forte crescimento. Segundos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estado ocupa o sexto lugar no ranking de exportação de mel no Brasil. “Antes do Sebrae capacitar os produtores, o estado era responsável pela produção de 150 toneladas de mel por ano. Hoje, são mais de 2,3 mil toneladas de mel por ano, sendo 1,95 mil toneladas destinadas ao mercado externo”, conta Valdemar Belchior Filho, presidente do congresso.

O avanço da produção local de mel contou com apoio do Banco do Nordeste e do Banco do Brasil, além da Universidade Rural do Semiárido (Ufersa), que contribuíram com recursos para estudo e difusão de técnicas para melhoramento genético das abelhas, aumento da produtividade, melhoria do produto e abertura de mercado. “Comissões Continentais” também estão sendo organizadas a fim de estabelecer um banco de dados geral da apicultura e encorajar os países pobres a criar associações apícolas.

Sediar o Congresso das Federações de Apicultura, que integra associações de 75 países, é o próximo objetivo dos que lutam pelo crescimento da apicultura brasileira.