Fruto do lucro

“Em meados de 2003, fui convidado para gerenciar uma cooperativa americana que vendia sucos de cranberry no Brasil. Ainda bem desconhecida do público, a bebida, que traz benefícios comprovados ao sistema urinário, não estava vendendo o quanto a cooperativa esperava e a decisão foi encerrar as operações no país em 2007. Foi aí que assumi o controle da Juxx. Comprei o know-how por R$ 1 milhão e mudei a estratégia de comunicação e distribuição. Antes, degustadoras ofereciam o suco nos supermercados. Mas as moças mal sabiam falar o nome da fruta em inglês. Percebi que deveria apresentar o produto a médicos. A maioria já conhecia os benefícios da cranberry, mas não sabia que o suco era vendido no país. A partir daí as vendas começaram a engrenar. Para atender esses consumidores, passamos a vender por telefone. Estabelecemos uma taxa de entrega e levamos a bebida a todo o país. Um consumidor chegou a pagar R$ 200 de taxa em um pedido de R$ 100. Esses clientes foram indicando supermercados em suas cidades e hoje estamos presentes em 6 mil pontos de venda, até nas grandes redes, como Pão de Açúcar. Ainda entregamos na casa do consumidor, mas esse canal, que já representou 40% do faturamento, hoje responde por 6% das vendas.”