Forte calor registrado em agosto impulsionou o consumo de frutas tropicais e hortaliças
No mês de agosto, o ÍNDICE CEAGESP apresentou aumento de 0,55% nos preços no atacado dos principais produtos comercializados na Companhia. Com exceção dos setores de Frutas, com retração de 2,21%, e o de Diversos, com queda de 15,55%, todos os demais setores apresentaram elevação dos preços praticados. “O forte calor registrado em agosto impulsionou o consumo de frutas tropicais e hortaliças que, normalmente, apresenta forte retração no período de inverno. Dessa forma, os preços devem apresentar ligeira elevação em setembro” prevê o economista da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (CEAGESP), Flávio Godas.
Os produtos responsáveis pela queda no setor de Frutas foram ameixa estrangeira (-57,42%), o mamão papaya (-17,45%), o morango (-15,92%) e o abacaxi pérola (-9,09%). Enquanto os aumentos ficaram por conta do figo (39,78%), da uva Itália (18,6%) e da laranja lima (10,0%). No setor de Diversos, as baixas foram da cebola nacional (-32,35%), batata comum (-25,59%), batata lisa (-24,59%), coco seco (-5,25%) e amendoim (-2,49%). A única alta do setor foi ovo branco (0,56%). “O setor de Diversos deve seguir em ligeira queda em função dos preços baixos da batata e cebola”, afirma Godas. O ÍNDICE, que mede a variação dos preços no atacado dos principais produtos comercializados na CEAGESP, acumula quedas de 2,26% no ano e 4,79% nos últimos 12 meses.
“A estiagem prolongada poderá diminuir a quantidade ofertada de algumas frutas cítricas e de legumes, como tomate e abobrinha. No entanto, produtos como mamão, melão, melancia, berinjela, cenoura apresentam desenvolvimento e maturação mais acelerados e tendem a registrar elevação da oferta”, analisa Godas.
Apesar do aumento dos preços, as Verduras, com alta de 1,39%, continuam sendo comercializadas com valores muito próximos ao preço de custo. “Cabe ressaltar que esse setor sofre menos os efeitos da estiagem na produção, uma vez que mais de 95% das áreas de plantio no cinturão verde de São Paulo contam com sistemas de irrigação. A quantidade ofertada e a qualidade dos produtos estão plenamente satisfatórias”, comenta Godas. As principais altas do setor foram do milho verde (40,12%), do rabanete (29,71%) e da rúcula (15,23%). E as principais quedas foram do coentro (-17,15%), do agrião (-6,95%) e do repolho (-5,31%).
Já Legumes registrou elevação de 11,38%, o que comprova a tendência de alta prevista no mês anterior. “O setor apresentava preços próximos ao de custo de produção e, em agosto, houve a recuperação dos preços”, afirma Godas. As altas foram da abobrinha brasileira (50,72%), do quiabo (50,13%), do tomate (24,20%) e do jiló (14,28%). As quedas foram da cenoura (-11,55%) e da ervilha (-6,24%).
Diferentemente do mês de julho, o setor de Pescados registrou alta de 5,84%. As principais altas: cação (39,18%), tainha (38,78%) e atum (37,5%). Principal queda: Salmão (-6,54%). “Os preços dos pescados devem permanecer estáveis para o próximo mês”, conclui o economista.
Primeiro balizador de preços de alimentos frescos no mercado, o ÍNDICE CEAGESP é um indicador de variação de preços no atacado de Frutas, Legumes, Verduras, Pescado e Diversos. Divulgado mensalmente, os itens da cesta foram escolhidos pela importância dentro de cada setor e ponderados de acordo com a sua representatividade. O ÍNDICE foi lançado em 2009 pela CEAGESP, que é referência nacional em abastecimento.
Fonte: Alimento seguro