Meio ambiente
Uma indústria precisa avaliar se os dejetos de seu processo produtivo lançados no mar ou em um rio vão causar danos ao meio ambiente. Para isso, contrata um laboratório especializado na realização de testes ecotoxicológicos e faz a análise.
Mas o que dá a ela a garantia de que o teste corresponde à realidade? A resposta a essa pergunta está diretamente ligada à ISO 17025, norma internacional que estabelece padrões que devem ser utilizados por laboratórios de ensaios que prezam pela qualidade.
“A norma estabelece critérios a serem cumpridos em todo o processo de avaliação, que garantem a qualidade do trabalho e a competência técnica”, explica Tatiana Furley, diretora da APLYSIA, empresa que realiza ensaios de ecotoxicidade e que acaba de ser acreditada pelo Inmetro na IS0 17025.
Segundo ela, a APLYSIA é o único laboratório de serviços ambientais do Espírito Santo e um dos poucos do País a conquistar a acreditação. “A conquista demonstra nossa busca por sistemas de qualidade efetivos e atesta nossa capacidade em produzir resultados tecnicamente válidos, facilitando a interpretação do cliente”, ressalta.
Testes fundamentais -- Tatiana explica que verificar a toxicidade de um efluente produzido por uma indústria é fundamental para evitar que ele contamine o meio e cause danos aos organismos vivos presentes no mar, no rio ou em outro corpo receptor que funcione como destino final do material.
Os testes funcionam assim: são recolhidas amostras do efluente para serem diluídas em laboratório em diferentes proporções. Em todas elas, são colocados organismos-teste que vivem naquele ambiente aonde o efluente é lançado (tipos específicos de ouriço, peixe e um crustáceo, sensíveis à toxicidade).
Os organismos ficam na água durante um período previamente determinado e são feitos testes para avaliar se tiveram um desenvolvimento normal, ou não. A partir deste resultado, consegue-se concluir se o efluente oferece risco ao meio ambiente e em que proporção, norteando as ações das indústrias.
“O trabalho é minucioso. Temos que estar atentos a itens que vão desde a luminosidade do ambiente, simulando o período de dia e noite, até a questão da calibração dos equipamentos, que deve ser feita em laboratórios também acreditados pelo Inmetro, e da temperatura do lugar. Tudo isso pode influir no resultado e, por isso, é preciso controle e precisão”, afirma Tatiana Furley.
Segundo ela, todo esse processo é rastreável, o que dá ao cliente a possibilidade de levantar qualquer dado de qualquer etapa do ensaio realizado depois da avaliação concluída. “São ferramentas de controle, previstas pela ISO 17025, que trazem confiança e credibilidade ao processo”, considera.
Fonte: Alimento seguro