Sem espaço.

A colheita do trigo, no Rio Grande do Sul, deve começar em outubro. Até lá, o Estado tem um problema para resolver: os armazéns estão lotados com o grão de safras passadas.

Montanhas de trigo estocadas nos armazéns. A situação é a mesma em todo o Estado. São mais de 400 mil toneladas do cereal que ainda esperam para serem comercializadas. Isso porque o excedente da safra de 2008 e mais a produção de 2009 resultou em dois milhões de toneladas de trigo, quantidade que o mercado não absorveu.

 

 

“O consumo do Rio Grande do Sul é de 800 mil toneladas apenas de trigo e temos um excedente de 1,2 milhão de trigo que temos que mandar para fora do Estado”, explicou Luís Carlos Kerkhoff, gerente comercial.

Em uma cooperativa da região os silos estão lotados de trigo de safras passadas. No total, são 25 mil toneladas do produto. Um número que será ainda maior em outubro, quando for armazenada a safra desse ano.

Os produtores gaúchos reduziram cerca de 10% da área plantada de trigo. Mesmo assim, a expectativa de produção é boa: de 35 a 40 sacas por hectare.

“Mesmo em função dos preços baixos e dos grandes volumes de trigo que ainda tem no Estado e na nossa região para ser comercializado, o produtor mais uma vez está investindo e está apostando nessa cultura que é a sua atividade de produção”, explicou o agrônomo Sérgio Schneider.

O Rio Grande do Sul é o segundo maior produtor nacional de trigo. Só perde para o Paraná.

Fonte: globo.com