Megaleite.
Na feira estão as principais raças leiteiras do país. Este ano, são dois mil animais em exposição.
O criador Vicente Nogueira é de Uberlândia e participa da exposição pela quarta vez consecutiva. Ele levou este ano 21 fêmeas. “Proporciona a nós criadores compararmos aos demais para ver se estamos fazendo um bom trabalho. Se não estivermos, ver qual a pendência da genética e para onde temos que direcionar”, falou.
Além do gir, girolando, sindi, guzerá e holandês, a Megaleite abriu espaço para bubalinos e indubrasil. O número de animais inscritos é superior a todos os anos anteriores. Expectativa também nos negócios. Nesta edição estão programados 14 leilões presenciais e dois virtuais. A meta é superar os R$ 10 milhões atingidos no ano passado.
Representantes de vários sindicatos nacionais e associações internacionais participam da Megaleite. O zootecnista João Antônio Roca veio da Bolívia em busca de tecnologia e melhoramento genético. “A gente pensa em um crescimento tanto de genética como de animais”, falou.
Mas a novidade deste ano não está dentro das baias. Como a feira é realizada no mesmo período da Copa, as atividades no parque tiveram de ser reorganizadas. Afinal, todos querem estar entre os melhores da raça, mas ninguém quer perder a vitória do Brasil em campo.
Até quem não pode deixar as baias dá um jeitinho. “Assisto ao jogo e cuido dos animais”, falou o tratador Sílvio Elídio.
“O preço do leite praticado este ano está no mesmo patamar do ano passado. A expectativa era que seriam melhores preços, mas historicamente o produtor de leite sofre com a valorização do produto. O período de entressafra, geralmente, é bom para o preço. Nos últimos anos o produtor de leite se profissionalizou. Ele está se preparando melhor para a entressafra. A produção de leite não cai tanto quanto em anos anteriores. Então, isso também faz com que o preço não seja tão valorizado como no passado. A expectativa é muito boa. A tendência é o mercado de exportação de leite crescer cada vez mais e aliado a tudo isso há uma valorização do mercado de genética, que cada vez cresce mais”, falou Leandro Paiva, superintendente técnico da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando.
A Megaleite termina domingo.
Fonte: Globo Rural