A Colheita do Caqui

A colheita do caqui está no auge no sul de Minas Gerais. Apesar da previsão de uma safra menor, este ano, agricultores e trabalhadores estão otimistas.

     

 

     Na lavoura do agricultor Cláudio Kidezaku Nagano são 4,5 mil pés, que devem render 270 toneladas de caqui da variedade rama forte. Este ano, a safra está um pouco menor. “Por causa da seca do ano passado e muito chuva no final do ano. Então, abortou um pouco. Está um pouco menos do que no ano retrasado”, falou.

     Os produtores dizem ainda que o preço da fruta, em torno de R$ 1,50 o quilo, não tem sido bom diante dos custos de produção com defensivos e fertilizantes. A saída é produzir em conjunto. Só os 15 produtores que participam de uma cooperativa devem colher juntos uma média de 3,5 mil toneladas.

     “No caqui hoje se ganha em termos quantitativos. Se não produzir uma quantidade boa, é ruim para os bolsos dos associados”, disse Mário Yamashita, gerente da cooperativa.

     Toda a produção sai direto da lavoura e vai direto para um galpão da própria cooperativa. A esteira é o primeiro passo no processo de seleção do caqui.

     A fruta é escovada e pesada antes de chegar ao setor de embalagens. A separação é feita apenas por mulheres. “Eles exigem que não jogue a fruta e que o trabalho seja feito com capricho”, explicou Antônia Silva Carvalho, auxiliar de produção.

     No mesmo dia da colheita, o caqui está pronto para seguir viagem. “A maturação do caqui é muito rápida. Tem que chegar às lojas de venda de frutas na condição certa para que as pessoas consumam na hora certa”, disse Leonardo Damaceno, coordenador de produção.

     Durante a safra, pelo menos 250 pessoas são contratadas em Turvolândia, Minas Gerais. “A gente fica o ano todo quase que parada. Quando tem uma safra assim a gente fica contente porque é um dinheirinho extra que a gente ganha para ajudar em casa”, falou Laíde da Silva Olívio, auxiliar de produção.

     A colheita no sul de Minas vai até junho.

Fonte: globo.com