Cabrita leiteira

Uma curiosidade chama a atenção numa propriedade no agreste de Pernambuco. Uma cabritinha com pouco mais de duas semanas está dando leite.

O animal desperta a curiosidade das pessoas. Não se trata dos famosos cavalos mangalarga marchador nem do simpático casal de bois anões.

A estrela da propriedade se chama Futura, a pequena cabrita da raça sani de quatro quilos que nasceu há 17 dias. O tratamento é diferenciado, com direito até a massagem com compressa quente. O cuidado tem um motivo especial. A cabrita surpreendeu todos quando, de repente, começou a produzir leite. Ela tinha apenas 12 dias.

O dono do haras Carlos Eduardo Valença disse que todo mundo ficou assustado. “O funcionário se referiu à cabra, que estava saindo um pouco de secreção. Como todo dia vem um veterinário, eu falei que estava acontecendo uma coisa diferente. Contei que estava saindo uma secreção e que a cabra estava doente. Quando o veterinário apertou, o leite saiu na cara dele. Então, ele ficou abestalhado, como eu”, disse.

A pequena futura se transformou em atração turística. Todos queriam ver de perto a cabritinha leiteira. “Quando a notícia começou a se espalhar veio mulher, veio menina, veio gente de fora. Quando se espalhou, todo mundo quer vir olhar”, contou o adestrador Roberto José de Carvalho.

Surpreso também ficou o veterinário do haras. Ele explicou que normalmente a fase de lactação só chega depois de um certo tempo. “Geralmente, acontece quando o animal atinge 60% do peso adulto. Isso está em torno de oito a 12 meses, dependendo da idade”, falou o veterinário José Constantino.

De acordo com o veterinário, a secreção tem todas as características de leite, como cor, textura e sabor.

Segundo o consultor veterinário do Globo Rural, Enrico Ortolani, esse tipo de caso é muito raro. Ele sugere ao criador que não estimule o crescimento da glândula mamária da cabritinha.

É melhor parar de ordenhá-la para evitar uma inflamação no órgão. Se ela não for manipulada, a tendência é que pare de produzir leite. Assim, o animal pode retomar o desenvolvimento normal.

Fonte: www.globorural.com