Banco de embalagens na Ceasa irá melhorar qualidade dos alimentos.
Alimentos com mais qualidade e saudáveis, redução de desperdícios e proteção do meio ambiente. Estes são os principais resultados que a Centrais de Abastecimento de Campinas (Ceasa) quer atingir com a implantação do Banco de Caixas Plásticas, um novo serviço que será inaugurado no entreposto, dia 5 de novembro, às 11h. Será a primeira iniciativa numa Central do estado de São Paulo e com tecnologia pioneira no país.
O objetivo é acondicionar e transportar hortifrutigranjeiros em caixas plásticas higienizadas e padronizadas, eliminando gradativamente, no prazo de um ano, as 1,2 milhão de embalagens de madeira retornáveis. Após este período, as caixas de madeira e de papelão vão poder ser utilizadas uma única vez, sem possibilidade de reaproveitamento. As de plástico fora de padrão, cerca de 600 mil que já circulam no mercado, também continuarão em uso, mas higienizadas.
Este trabalho levou três anos para ser colocado em prática entre reuniões com os permissionários (atacadistas), clientes, visitas, debates e processo licitatório. É uma medida que revoluciona o setor, que moderniza o mercado e gera inúmeros benefícios desde o aumento da vida útil dos hortifrutis, até a redução de disseminação de pragas e do desperdício de alimentos.
O serviço do Banco surgiu por iniciativa da Ceasa que abriu concorrência e licitou uma área de 3 mil metros quadrados para que uma empresa instalasse um serviço para padronizar, higienizar, armazenar, locar, vender e fornecer laudo técnico de higiene de caixas plásticas.
A vencedora da licitação foi a Logiclean que investiu cerca de R$ 4,5 milhões no projeto. O Banco tem capacidade para lavar até 2.600 caixas por hora, vai gerar 50 empregos diretos de maneira imediata. O serviço deve ser expandido gradativamente para um espaço de até 12 mil metros quadrados e gerar 200 postos de trabalho.
O Banco de Caixas Plásticas também faz parte do Programa de Modernização da Ceasa que prevê informatização, investimentos, reformas e um novo Plano Diretor na empresa. O projeto na Ceasa campineira está sendo considerado um modelo no setor e vai impulsionar o uso de caixas plásticas, a multiplicação de centros de embalagens em outras ceasas, além da modernização dos Bancos já existentes.
A iniciativa atende ainda às exigências da Instrução Normativa SARC/Anvisa/Inmetro número 09/2002 e orientações técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que estabelecem as condições para a reutilização de embalagens e regulamenta o acondicionamento, manuseio e comercialização de produtos in natura.
Funcionamento
Todo o serviço do Banco de Caixas Plásticas será informatizado e com a chamada logística reversa, sistema que garante o rastreamento e o retorno das embalagens. Os clientes serão cadastrados e recebem um cartão onde movimentam seus créditos.
O cliente da Ceasa (supermercado, varejão, feirante, etc) vai até o Banco deposita caixas para higienizar e recebe a quantidade em créditos no cartão. O atacadista ou produtor também vai até o serviço retirar as caixas já higienizadas ou levar as suas para limpeza e também para comprar ou locar embalagens.
Haverá cinco tipos de caixas padrão da Ceasa campineira identificadas por cores diferentes. A higienização das caixas é feita em cinco estágios, com temperatura da água de até 50 graus centígrados e produtos de sanitização. A tecnologia utilizada no Banco vai economizar 1.400 litros de gás por mês, pois vai usar energia solar para aquecer a água, e 300 mililitros de água por caixa higienizada, metade do gasto convencional.
Abastecimento
A Ceasa-Campinas é o quarto maior entreposto do país, que opera desde 1975 e movimenta R$ 73 milhões por mês de hortigranjeiros, flores e plantas. Só de hortigranjeiros são 60 mil toneladas mensais, abastecendo 500 municípios. As 25 centrais de abastecimento do país englobam 70 entrepostos que movimentam cerca de R$ 16 bilhões por ano.
Entre hortigranjeiros, cereais, industrializados e outros produtos como flores e pescados, as Ceasas ofertam cerca de 16 milhões de toneladas anualmente escoando mais de 50% da produção de frutas e hortaliças. O sistema engloba mais de 10 mil empresas, gera cerca de 200 mil empregos diretos
Autor: Eliana Fernandes
Source: Prefeitura de Campinas - 04 de Novembro de 2009