UFG é 22ª entre 182 universidades.

Metade das instituições de ensino de Goiás tem notas baixas no índice geral de cursos divulgado pelo Mec.

Quase metade das instituições de ensino superior (IES) de Goiás obtiveram notas 1 e 2, consideradas baixas, no Índice Geral de Cursos (IGC). O indicador foi divulgado ontem pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão ligado ao Ministério da Educação (MEC).

A classificação do IGC é feita por faixa de notas, que varia de 1 a 5 (5 é o melhor conceito). Em Goiás, das 61 instituições avaliadas, 29 obtiveram nota 2 e a Faculdade Santa Rita de Cássia foi a única no Estado que alcançou nota 1, totalizando 49% dos estabelecimentos de ensino superior no Estado (veja quadro).

Além dessas, outras 558 universidades e faculdades em todo o País também receberam os piores conceitos, representando 29,4% das 2 mil avaliadas - índice inferior aos quase 50% obtidos em Goiás.

Nenhuma universidade ou faculdade de Goiás alcançou a nota máxima no índice, que foi concedida a somente 21 instituições em todo o Brasil. No Estado, a melhor nota foi 4, alcançada pela Universidade Federal de Goiás e também pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás (IFG). Segundo o índice detalhado, a UFG foi considerada ainda a 22ª melhor entre 2 mil universidades, faculdades e centros universitários de todo o País.

O IGC é calculado com base nas notas que as instituições de ensino superior obtiveram no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) de 2008 e na avaliação dos alunos com relação à infraestrutura da instituição. Também são levadas em conta as notas dos cursos de mestrado e doutorado, concedidas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

De acordo com o reitor da UFG Edward Madureira, o IGC desconsidera alguns aspectos das universidades e faculdades, como quantidade de alunos e área de atuação, o que poderia reduzir o conceito final. Como exemplo, o reitor citou o caso da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (RS), que obteve nota 5, mas somente alunos de quatro cursos fizeram o Enade, que é um dos critérios que contribui para o Índice Geral de Cursos das IES - a UFG tem quase 50 cursos.

Ainda assim, para o reitor, a posição geral alcançada pela UFG coloca a instituição em posição de destaque, como a segunda melhor do Centro-Oeste, atrás apenas da Universidade de Brasília. Edward explicou ainda que a universidade tem apenas 15 anos de tradição em programadas de doutorado, o que influencia diretamente no resultado do IGC, que leva em consideração o conceito de todas as pós-graduações.

Pior
Entre os estabelecimentos de ensino pior avaliados pelo IGC figura o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano que alcançou nota 2 no ICG. Diferente do IFG que surgiu a partir do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) de Goiás, o instituto goiano foi composto pela fusão dos antigos Cefets de Rio Verde e de Urutaí e da Escola Agrotécnica Federal de Ceres. A instituição é a segunda pior entre todos os estabelecimentos federais de ensino superior. O último colocado foi o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará.

No conjunto dos dados do Ministério da Educação, 388 escolas ficaram sem conceitos, porque alguns de seus cursos não contaram com a participação mínima de dois ingressantes e de dois concluintes no Enade - 11 em Goiás.

Fonte: O Popular