Empresas decidem restringir propaganda de alimentos para crianças

Novas regras valem para 24 companhias que se comprometeram. Propaganda de certos produtos para menores de 12 anos fica proibida.

Empresas da área de alimentos se comprometeram nesta terça-feira (25) a restringir a propaganda de alimentos direcionada a crianças. As 24 companhias não farão propagandas para crianças de menos de 12 anos em veículos que tenham mais de 50% de audiência de pessoas desta idade.

 

A decisão, porém, prevê exceção para produtos "cujo perfil nutricional atenda a critérios específicos baseados em evidências científicas", critérios estes definidos pelas próprias empresas. Ou seja, as empresas poderão continuar fazendo propaganda a crianças de produtos que se encaixem nestes critérios.

 

A restrição de propaganda para crianças vale para televisão, rádio, mídia impressa ou internet para produtos das empresas AmBev, Batavo, Bimbo, Bob's, Burger King, Cadbury, Coca-Cola, Danone, Elegê, Ferrero, Garoto, General Mills, Kellogg's, Kraft, Mars, McDonald's, Nestlé, Parmalat, PepsiCo, Perdigão, Sadia, Schincariol e Unilever.

 

As empresas também se comprometeram a não fazer ações promocionais em escolas para os menores de 12 anos, com a mesma exceção para produtos com perfil nutricional diferenciado e também excetuando casos "quando acordado ou solicitado pela administração da escola para propósitos educacionais ou esportivos".

 

Em 2006, o Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária (Conar) já havia definido novas regras para a publicidade de alimentos a crianças, proibindo frases no imperativo, como “peça para sua mãe comprar”. As propagandas não podem, ainda, mostrar discriminação porque a criança não tem certo produto ou usar formato jornalístico.

 

Vários países, como EUA, Canadá e parte da União Europeia, já restringiram a propaganda de certos alimentos a crianças. Em julho, o Ministério da Educação brasileiro proibiu refrigerante e refrescos artificiais na merenda nas escolas públicas.

Source: G1