Sistema Coca-Cola promove novas soluções para o desenvolvimento econômico

Estudo da Harvard Kennedy School e da International Finance Corporation avalia o modelo de centros de distribuição manual da Coca-Cola na África.

Durante debate na Instituição Brookings, realizado dia 13/05, o ex-presidente Bill Clinton, Muhtar Kent, presidente e diretor executivo da The Coca-Cola Company, e Pat Woertz, chairman, diretora executiva e presidente da Archer Daniels Midland Company, discutiram meios de a empresa criar valor tanto para os acionistas quanto para a sociedade. Eles enfatizaram o valor de aproveitar as principais atividades da empresa para promover o crescimento e o desenvolvimento, especialmente nos mercados emergentes.

O programa do Centro de distribuição manual (Manual Distribution Center  MDC) do sistema Coca-Cola na África foi mencionado como exemplo de solução inovadora que promove tanto as metas da empresa quanto o cronograma de desenvolvimento internacional. A abordagem da Coca-Cola para a distribuição de seus produtos em áreas urbanas e de periferia de difícil acesso da África utiliza pequenas empresas que entregam os produtos da Coca-Cola manualmente para pequenos varejistas locais. O programa MDC é responsável por mais de oitenta por cento das vendas da empresa no Leste Africano, criando assim oportunidades de participação de pequenas empresas e empregos para um número crescente de novos empresários e mulheres. Até hoje, o sistema Coca-Cola criou mais de dois mil e quinhentos desses Centros na África, empregando mais de doze mil pessoas e gerando mais de US$ 500 milhões em receitas anuais.

"Para a Coca-Cola, os Centros de Distribuição Manual são um ótimo exemplo de como as empresas podem ter como foco o atendimento das necessidades dos clientes e consumidores enquanto apoiam a sustentabilidade das comunidades", declarou Muhtar Kent, chairman e diretor executivo da The Coca-Cola Company. "Há muito tempo, tem sido nossa filosofia encarar nosso sistema de negócios holisticamente e determinar onde podemos conseguir maior impacto com iniciativas de progresso, iniciativas essas críticas para as comunidades e os investidores de quem dependemos".

A empresa se comprometeu a aumentar gradualmente o número de centros na África desde que se uniu à "Chamada para a Ação" das empresas, uma iniciativa que mobiliza grandes empresas para ajudar a atingir as metas de desenvolvimento do milênio, canalizando as principais competências das empresas. Para determinar o melhor método de ampliar seu modelo, a Coca-Cola solicitou à Iniciativa de responsabilidade social corporativa da Harvard Kennedy School e à International Finance Corporation (IFC) uma análise da sua abordagem.

Durante o ano de 2008, foi realizada uma análise das operações atuais do modelo de centros de distribuição manual em Dar es Salaam, Tanzânia e Addis Ababa, Etiópia.

"Cresce o reconhecimento nas comunidades corporativas e de desenvolvimento internacional de que a contribuição mais sustentável que as empresas podem oferecer para reduzir a pobreza é realizar suas principais atividades de negócios de modo lucrativo, responsável e inclusivo", disse Jane Nelson da Harvard Kennedy School.

"Nossa análise dos Centros de distribuição Manual na Tanzânia e na Etiópia demonstra o potencial de grandes corporações para a criação de conexões de negócios economicamente viáveis com pequenas empresas em suas cadeias de valor, que também podem trazer benefícios para o desenvolvimento", declarou o Diretor do IFC, Toshiya Masuoka.

A pesquisa identificou uma série de oportunidades para melhorar ainda mais o enfoque dos centros, incluindo: 1) investir em melhorias contínuas do modelo principal de negócios através de maior acesso a financiamentos e a treinamento ampliado e melhorado e melhorado; 2) ampliar as oportunidades socioeconômicas para os proprietários e funcionários dos centros através de oportunidades de aprendizado de habilidades cotidianas e educação ampliada; 3) promover de forma mais ampla o desenvolvimento de pequenas empresas e do empreendedorismo através do apoio à educação para o empreendedorismo e da promoção do desenvolvimento das pequenas empresas; 4) verificar como o modelo de negócios pode distribuir produtos ou mensagens sociais; e 5) assumir a avaliação participativa e o aprendizado com base na ação.

Fonte: BUSINESS WIRE