Queijo Minas Artesanal tem nova embalagem
A comercialização do produto com nova embalagem é o resultado de uma parceria entre a Secretaria de Agricultura de Minas Gerais e a Associação Mineira de Supermercados (Amis).
A embalagem de caseína foi desenvolvida para que o queijo tenha a permissão da Vigilância Sanitária Municipal para ser vendido maturado e em temperatura ambiente. A portaria autorizando a comercialização foi publicada na semana passada e é inédita no país. A nova embalagem foi adaptada para Queijo Minas Artesanal pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig). Ela é transparente, permite a 'respiração' do queijo e possibilita a manutenção do produto à temperatura ambiente, sem perder a qualidade, aparência, sabor e aroma. A caseína tem o aspecto de uma cola branc a, que fica consistente depois de aplicada. No produto maturado, a aderência da resina é garantida e a colocação do rótulo pode ser feita sem qualquer problema.
O queijo com a nova embalagem que começa a ser vendido em Belo Horizonte é produzido pela Associação dos Produtores do Queijo Canastra (Aprocan). A associação abrange sete municípios que compõem a microrregião produtora e conta com 17 associados. O produto é cadastrado no Instituto Mineiro de Agropecuário (IMA) e apresenta no rótulo informações que permitem sua rastreabilidade, como nome do produtor e propriedade de origem.
De acordo com a assessora da Superintendência de Segurança Alimentar e Apoio à Agricultura Familiar da Secretaria da Agricultura de Minas, Luciana Rapini, a novidade é a forma de comercialização do queijo com aval da Vigilância Sanitária Municipal. "Além do selo do IMA, será a primeira vez que o queijo Minas Artesanal é vendido na temperatura amb iente e com o tempo mínimo de maturação que garante a segurança alimentar, ou seja, 21 dias", explica.
Segundo ela, até então, o Queijo Minas Artesanal só podia ser vendido em embalagem plástica e refrigerado, como acontece com o queijo industrializado. "A venda do queijo maturado, a temperatura ambiente, é uma forma de garantir e valorizar o fator artesanal", informa.
O presidente da Amis, José Nogueira, também aposta na boa aceitação do Queijo Minas Artesanal. "Incentivamos a recepção, por parte dos supermercados, dos produtos da agricultura familiar", afirma. Mas ele alerta que a aceitação pelos consumidores depende da perseverança. "Os produtores precisam fazer contato com os clientes, é preciso mostrar que o queijo que estará nas gôndolas tem um diferencial e promover a degustação nos supermercados". O presidente da Amis também lembra que para ter um produto bem aceito nos supermercados é necessário fazer a entrega com reg ularidade e nunca abrir mão da qualidade.
Fonte: Agência Minas