Melamina no Leite - Caso da China
O consumo de leite adulterado com melamina na China provocou a morte de quatro crianças e a hospitalização de aproximadamente 12 mil, e mais de 53 mil receberam atendimento médico.
Esta substância permite aumentar de maneira fictícia o nível de proteína no leite ao qual foi acrescentada água para aumentar o volume e que, como resultado disso, fez reduzir a concentração de proteína.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) deixou hoje muito claro que a melamina "não tem nada o que fazer nos alimentos ou produtos lácteos, e muito menos no leite infantil", diante dos milhares de casos de crianças intoxicadas na China por consumir leite em pó contaminado com essa substância.
A porta-voz da OMS, Fadela Chaib, disse que os adultos têm uma dieta variada, o que não é o caso das crianças pequenas, cuja alimentação se limita geralmente ao leite, o que pode explicar a elevada concentração de melamina em seus organismos.
No atual escândalo de intoxicação infantil, a melamina não foi encontrada só no leite em pó, mas também "em uma marca de sobremesa refrigerada à base de iogurte e em uma marca de bebida de café em lata" na China, revelou a OMS.
A multinacional Nestlé, com sede na Suíça, afirmou ontem que a melamina "é encontrada através da cadeia alimentar mundial em rastros minúsculos, que não representam nenhum risco para a saúde dos consumidores".
Quatro crianças morreram intoxicadas na China, 12.900 estão hospitalizadas e 40 mil sob vigilância médica, disse a porta-voz da OMS, após reconhecer que ainda "desconhecemos a magnitude do problema".
A União Européia reforçará a vigilância às importações de outros produtos de confeitaria procedentes da China, como balas e chocolates, de modo que controlarão 100% dos alimentos que tenham mais de 15% de leite, embora neste caso Bruxelas tenha considerado que não é preciso uma proibição.
Fonte: www.estadao.com.br e www.g1.globo.com