Área de logística cresce em firma prestadora de serviço

A crescente demanda por serviços logísticos, como transporte e armazenagem, e a tendência de terceirização do setor apontam um cenário em que profissionais de logística encontram vagas não apenas nas grandes empresas mas também --e principalmente-- nos chamados PSLs (prestadores de serviços logísticos).

A crescente demanda por serviços logísticos, como transporte e armazenagem, e a tendência de terceirização do setor apontam um cenário em que profissionais de logística encontram vagas não apenas nas grandes empresas mas também --e principalmente-- nos chamados PSLs (prestadores de serviços logísticos).

Segundo levantamento do Ilos (Instituto de Logística e Supply Chain), o número de PSLs passou de 35, em 1997, para 125, em 2007 --um incremento de 257%.

A receita total dessas empresas, por sua vez, subiu de R$ 1 bilhão para R$ 25,5 bilhões no mesmo período, de acordo com o instituto. O crescimento, nesse caso, foi de 2.450%.

A boa perspectiva do setor foi uma das razões que atraíram Marcel Montipó Salgado, 27, para a carreira.

"Desde o primeiro momento do meu treinamento, mostraram-me o crescimento do segmento e o universo de possibilidades para quem está começando a trajetória", afirma.

Salgado faz parte da primeira turma de trainees da AGV Logística (a segunda está com inscrições abertas). Seu treinamento, com duração prevista de dez meses, envolve um período de integração e outro de desenvolvimento de projetos.

Hoje, no seu primeiro projeto, trabalha com gerência de risco --acompanha, por satélite, o transporte de cargas.

Para Salgado, o contato direto com clientes é outra vantagem de atuar com logística. "É melhor do que trabalhar sempre com as mesmas pessoas e não conhecer ninguém fora da empresa", observa.

Formação

Apesar de a maioria dos que procuram carreira em logística serem formados em administração ou engenharia, há espaço para graduados em outras áreas. É o caso do próprio Salgado, formado em farmácia.

"Procuramos um profissional com capacidade de análise, que olhe para a rentabilidade, o planejamento e os custos", aponta Josué Bressane, diretor de recursos humanos da AGV.

Uma formação mais específica, porém, pode ser um ponto a mais na hora de competir por uma vaga.

"Os profissionais que nos procuram sabem que há competição e que é bom estarem preparados", diz José Eugenio Leal, coordenador do mestrado profissional em logística da PUC-RJ (Pontifícia Universidade Católica), voltado para engenheiros de produção.

O curso, que é pago (cerca de R$ 32 mil, no total) e existe desde 2001, está sempre com as vagas --por volta de 20-- preenchidas. Há também a possibilidade de fecharem turmas para uma empresa. Um grupo de funcionários da Petrobrás terminou recentemente os estudos na instituição.

Fonte: DIOGO BERCITO Colaboração para a Folha -14/09/2008 - 11h32