
Cinco nanotecnologias que vão dominar o mundo.
Entenda um pouco mais sobre a curiosa área da manipulação material em níveis moleculares e as suas criações mais promissoras para o futuro.
Por definição, nanotecnologia é o estudo e a aplicação da manipulação de materiais a uma escala molecular. Qualquer estrutura construída pelo homem que tenha entre 1 e 100 nanômetros é considerada um produto nanotecnológico, uma escala tão pequena que só é visível com os atuais microscópios eletrônicos. Para que você tenha uma ideia, a cabeça de um alfinete tem 1 milhão de nanômetros de diâmetro, um glóbulo vermelho possui 2.500 nanômetros de largura, já o nanotubo de carbono tem 2 nanômetros de circunferência.
Nanotubos de Grafeno
Há tempos que a natureza e o homem conhecem a rigidez que uma estrutura cilíndrica pode proporcionar. Isso explica o porquê das patas dos elefantes ou o casco de um submarino ter aquela forma. Logo, não demorou até que nanoestruturas em formas de tubo também fossem exploradas. Esses nanocilindros feitos de carbono puro têm inúmeras aplicações, graças à super-rigidez que este material extraordinariamente garante. Já existem projetos ambiciosos que tomam vantagem dessa liga, desde um elevador espacial até materiais mais resistentes para os automóveis.
Nanomedicina
Além de ter propriedades ideais para o uso no campo tecnológico, nanoestruturas também podem ser aplicadas a organismos vivos de qualquer tipo, motivo que faz a nanomedicina ser amplamente estudada. Essa tecnologia poderia abranger praticamente qualquer área clínica, desde a criação de ossos sintéticos até nanorrobôs que podem combater vírus, sendo que várias das técnicas já estão em fases de testes. Um bom exemplo são as nanocapsulas de ouro, utilizadas para unir dois tecidos vivos com perfeição, criando uma espécie de “solda biológica”.
Gecko Tape
O nome refere-se ao lagarto Gecko, que possui milhões de micropelos em seus dedos que, combinados com o uso da eletricidade estática, garantem ao réptil a habilidade de fixar-se em qualquer superfície. Outra propriedade desses pelos é a de se comportar como um velcro, permitindo que o lagarto se solte da superfície dependendo da direção que a foça é aplicada. Engenheiros de vários centros de pesquisa diferentes têm usado a nanotecnologia para tentar replicar a microestrutura encontrada nas patas do Gecko.
Nanorrobôs autorreplicantes
Como o nome sugere, esse tipo de nanotecnologia consiste na criação de máquinas construídas em escala nanométrica, com a habilidade de se replicarem, construindo mais máquinas da mesma “espécie” sem a intervenção humana. O campo mais indicado como cenário, onde robôs autorreplicantes poderiam ser aplicados, é o controle de vazamentos tóxicos. Uma pequena porção dessas nanomáquinas poderia ser usada para limpar um vazamento de petróleo, graças a sua habilidade de usar o material petroquímico para construir outras máquinas.
Nokia Morph
Apesar de ainda ser um produto conceitual, o projeto Nokia Morph materializa uma série de aplicações interessantes que a nanotecnologia pode trazer para os eletrônicos portáteis, como as telas semitransparentes maleáveis e superfícies autolimpantes.
O nome “Morph” vem da característica do gadget de poder assumir várias formas diferentes, variando também suas funcionalidades. Estendido em forma de “barra”, ele se comportaria como um telefone comum, mas basta dobrá-lo com as mãos para transformá-lo em uma pulseira, em um adereço de moda ou mesmo em um sensor olfativo.
Se considerarmos o que a nanotecnologia permite fazer hoje, o projeto Nokia Morph ainda é um sonho distante. Ainda assim, ele não deixa de ser um belo exemplo do que a manipulação em escala nanométrica pode trazer para os aparelhos de comunicação no futuro.
Fonte: Disponível em: http://www.tecmundo.com.br/nanotecnologia/12904-cinco-nanotecnologias-que-vao-dominar-o-mundo.htm
Categorias: Tecnologias