O IMPACTO DAS EMBALAGENS NA PRODUÇÃO DE LIXO NO BRASIL
O contexto contemporâneo e tecnológico em que vivemos é movido pelo consumo exagerado e o descarte desregular de materiais que são maléficos ao meio ambiente. Tendo em vista o aumento populacional e o estímulo ao consumo, esse é um problema que necessita de uma alternativa para saná-lo, pois apesar de alguns países e empresas adotarem políticas ambientais para a preservação do meio, a eliminação do lixo ainda é um problema na atualidade.
Presentemente a grande parte do lixo produzido está relacionado as indústrias, principalmente no setor de embalagens, pois são materiais resistentes de longo período de decomposição e que por muitas vezes são utilizados apenas uma vez. Atualmente as embalagens são de extrema importância para aumentar a vida útil de um alimento. Segundo dados do Ministério do Meio Ambiente, no Brasil, aproximadamente um quinto do lixo é composto por embalagens, e é pensando nisso que a área de desenvolvimento de embalagens precisa estar evoluindo constantemente para acabar com este impasse, as tecnologias para contribuição ao meio ambiente não precisam ser necessariamente o surgimento de materiais inovadores, mas sim dar aos materiais já existentes o uso correto, associa-los a políticas de reciclagem e destino final de rejeitos de forma segura.
Segundo a WWF BRASIL (organização de conservação da natureza no mundo), o Brasil é o 4° maior produtor de lixo plástico no mundo e recicla apenas 1,28% deste lixo, e cerca de 75% dos plásticos produzidos já é lixo. Uma das medidas que estão em desenvolvimento e podem combater essa poluição é a utilização dos plásticos biodegradáveis na área de embalagens e que a médio prazo poderão também substituir os plásticos de alta performance. Para o futuro, não tão distante, outras medidas podem ser o caminho para contribuir a um mundo sustentável, como o desenvolvimento de smart materiais que possam cumprir múltiplas funções, ex: o grafeno, materiais menores, mais resistentes, flexíveis que podem inovar as embalagens inteligentes, e diminuir o grupo dos “descartáveis”.
Esse artigo foi feito a partir da entrevista feita com o professor doutor Andre Luiz Bortolacci Geyer professor da ESCOLA DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL da Universidade Federal de Goiás